Foi na Rua
Direita, (precisamente em frente à “Cozinha”) na residência do Sr. Rosário,
comerciante de peixe, no longínquo ano de 1925 que deflagrou um incêndio com
consequências nefastas por ter morrido uma criança.
A ideia
para se fundar uma corporação de bombeiros passou de imediato para a mente do
Dr. Guilherme Francisco Dias (farmácia Dias) que residia muito próximo e se
tornou fundador a que se juntaram outros amigos da agora denominada AHBVP – Associação Humanitária de Bombeiros
Voluntários de Portimão a 18 de Novembro de 1926 sob o lema “VIDA
POR VIDA” passando a funcionar na Rua da Guarda (hoje 5 de Outubro
no local aonde funcionou o ex-BNU) e ainda
num armazém situado na Rua Gustavo Cordeiro Ramos (hoje Rua Professor José
Buisel) sob o comando de Joaquim Serra Pereira (bancário) e como ajudante de
comando José Valadares Mascarenhas Pacheco (funcionário da conserveira Júdice
Fialho) que algum tempo depois passou a Comandante cargo exercido até à década
de setenta.
O toque a
rebate, durante muito tempo era dado pelo sino da igreja matriz!
Um dos inúmeros
registos que temos descreve, por exemplo, o dia 24 de Abril de 1930 como infeliz.
Morre o jovem Joaquim da Encarnação Rosa alistado em 18 de Março de 1930, ironicamente
no seu baptismo de fogo na viagem a caminho de Lagoa. Um camião e motorista,
emprestado pela Câmara de Portimão, caem à entrada da ponte nos terrenos da
antiga central eléctrica. Da carga, uma das bombas cai em cima do jovem provocando-lhe
morte imediata. Fica também ferido José Martins, um dos fundadores, mais
conhecido por Chefe Martins que foi o bombeiro que exerceu o cargo por mais de
meio século no quadro activo granjeando inúmeras simpatias na corporação. Foi o
primeiro bombeiro a receber o crachá de ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses.
Uns anos
depois e até 1988 a
Instituição passou para a Praça da República funcionando num edifício que
outrora fora uma escola frente ao antigo mercado dos legumes e da fruta.
Em 1982 foi
doada, pelo Sr. Morais, proprietário da Quinta do Morais, uma parcela de
terreno, livre de quaisquer ónus ou encargos, destinada à construção do novo
quartel.
Em 1985,
depois de três anos de construção, ficaram concluídas as obras de construção e,
de imediato, para ali se mudou a Instituição
dos Bombeiros permanecendo até aos dias de hoje na Rua dos Bombeiros
Voluntários.
A partir de
1991 um abnegado grupo de bombeiros enceta movimentos para a criação de uma
fanfarra sendo o dia 23 de Fevereiro de 1992 registado como oficialmente
fundada. Nasce, assim, a Fanfarra do
Corpo de Bombeiros Voluntários de Portimão ficando o legado apadrinhado pela
D. Cesaltina Leal Correia e pelo Sr. Manuel Florêncio Rodrigues.
Os seus 22 anos
de existência registam mais de setecentos eventos muitos dos quais ao longo do
país…
A palavra missão marca os dias! Há sempre alguém a
precisar de ajuda, há sempre algo mais a construir e a melhorar.
Mulheres e
homens, devidamente credenciados nas diferentes áreas de actuação, destemidos e
determinados estão, incondicionalmente, prontos a ajudar o próximo mesmo que
para tal seja necessário colocar a sua vida em risco!
Respeitemos,
portanto, não hesitando, quantos anonimamente asseguram o nosso tranquilo
quotidiano concedendo-lhes o que qualquer citadino deve, no seu cumprimento de
cidadania, fazer: colaborar nas suas iniciativas; tornar-se sócio da AHBVP;
cooperar na especialização técnica do pessoal operacional e na especialização
tecnológica dos equipamentos.